Qual a Melhor Maneira de Ensinar Phonics?

Qual a Melhor Maneira de Ensinar Phonics?

Qual a Melhor Maneira de Ensinar Phonics?

 

Existem diversas maneiras de ensinar Phonics e, independentemente de como você o ensina, o que precisa lembrar é o que esse ensino precisa ter para ser efetivo. O ensino de Phonics tem que ser sistemático e explícito

 

 

Sistemático

Sistemático significa que progredimos através de um sistema, nesse caso o scope and sequence (o nosso mapa no ensino de Phonics), pois o conhecimento do Phonics é cognitivamente progressivo. 

 

O scope and sequence vai definir, por exemplo, se os alunos estão prontos para aprender word families com short vowels, quais word family ensinar e em qual ordem. Temos um plano para ensinar a – at family, então –an, etc, para ter certeza de que nenhuma será pulada e fará sentido para o aluno, seguindo uma progressão. Isso também significa que a instrução vai de fácil a complexa, incluindo revisão e repetição integradas.

 

Clica aqui para pegar o Scope Sequence

 

Os alunos podem se desenvolver em ritmos diferentes, mas geralmente seguem a mesma trajetória ou sequência de aprendizagem. Quando as crianças estão aprendendo Phonics, elas normalmente aprendem a dominar os sons das letras e padrões de palavras em uma ordem previsível (começando com as consoantes iniciais, depois as consoantes finais, depois as vogais curtas, dígrafos, misturas, vogais longas etc). 

 

Mesmo quando os alunos têm atrasos de aprendizagem ou deficiências, seu progresso ainda segue essa ordem previsível – eles apenas passam pelos estágios de desenvolvimento mais lentamente.

 

Esta é a importância da diferenciação. Para ser mais eficaz, o Phonics precisa ser diferenciado, de modo que corresponda ao nível específico de cada aluno. Você sempre terá alunos em diferentes níveis na sua sala de aula, e é preciso ter uma instrução personalizada para cada indivíduo ou grupo. 

 

O aluno aprende melhor Phonics em pequenos grupos, até mesmo melhor que individualmente.

 

Descobrir os níveis dos nossos alunos começa com uma boa sondagem, o que chamamos de pre-assessment, que é uma ótima maneira de avaliar o conhecimento prévio dos alunos. Nele, você faz com que os alunos escrevam várias palavras, aumentando progressivamente a dificuldade. Em seguida, você analisa o trabalho deles para ver quais padrões eles dominaram e aqueles em que ainda precisam de ajuda.

 

Depois de analisarmos o conhecimento de spelling patterns dos alunos, podemos agrupar os alunos com base em suas habilidades e diferenciar nossa instrução para resultados máximos: Se você ensinar algo muito além do que eles conseguem aprender, eles perderão interesse, vão conversar e aprender nada; e se você ensinar algo muito fácil, que já saibam, também haverá desinteresse e sensação de aula chata.

 

Se você já ouviu falar na Zona de Desenvolvimento Proximal de Vygotsky, é exatamente isso que queremos atingir com nossa instrução no estudo de palavras. Queremos ensinar nossos alunos a dominar os spelling patterns a que estão prontos, e os que já sabem um pouco, mas estão confundindo.

 

Por exemplo, se uma criança está tentando escrever “like” escrevendo “laik”, ela está tentando usar um spelling pattern de long vowel mas confundindo com português. Este pode ser um conceito que ela está pronta para aprender na sequência.

 

Explícito

Explícito significa que temos que ensinar diretamente aos alunos sobre letras, palavras e padrões de grafia. Trabalhamos juntos conversando sobre os patterns, em uma linguagem clara para que os alunos entendam e consigam carregar esse conhecimento para outras leituras, estabelecendo estratégias para ler e escrever novas palavras. 

 

Embora possamos incentivar os alunos a fazerem suas próprias descobertas sobre as palavras, não esperamos que eles façam isso por conta própria. Devemos sempre ensinar primeiro e deixar que eles descubram a partir do que ensinamos, pois assim eles sentirão que já possuem ferramentas para caminhar sozinhos.

 

Durante o ensino Phonics, precisa ter momentos em que esse ensino seja FORA de contexto (ou seja, aulas apenas de Phonics), bem como DENTRO de contexto (atividades reais de leitura e escrita que aplicam o Phonics ensinado).

 

Por exemplo, quando você está lendo uma historinha e escrevendo com os alunos, este é um ótimo momento para discutir e ensiná-los sobre as palavras e phonics. Ler em voz alta é uma ótima oportunidade para discutir os padrões que estão sendo estudados, porque os alunos podem ver como vão usar na vida real aquele aprendizado, fazendo mais sentido para o cérebro deles. 

 

Essas discussões não precisam ser longas, especialmente se sua aula tiver um foco diferente. Por exemplo, se você encontrar uma palavra com uma short vowel e for o que você ensinou naquele dia, você pode apontar para a palavra e dizer: – Esta palavra tem um som curto, não é? Como essa letra faz? (/ a /) Você vê alguma outra short vowel nesta página? (Este é apenas um exemplo – existem muitas outras maneiras de ajudar os alunos a perceberem e aplicar o Phonics no contexto.)

 

Mas esta prática no contexto não é suficiente

 

Seus alunos precisam de um tempo separado para aprender somente sobre esses padrões da escrita. Mesmo quando temos um tempo dedicado ao Phonics ou ao estudo de palavras, ainda é importante mostrar aos alunos como transferir esse aprendizado, e aplicar esses conceitos e observar as palavras no contexto. Também é importante ter uma variação de atividades dentro e fora do contexto para que seus alunos apliquem o que aprenderam.

 

Aprender Phonics faz parte de se tornar um bom leitor. 

 

Quando os alunos leem, eles aprendem a soletrar e pronunciar corretamente as palavras. Quando os alunos aprendem a soletrar palavras, isso os ajuda na leitura. Os alunos precisam ser ensinados a transferir o spelling pattern que aprenderam e generalizar.

 

As atividades de estudo de palavras que enfatizam os PADRÕES em vez de CÓPIAS são mais eficazes.

 

Existem muitas exceções nas palavras em inglês, mas também existem muitos padrões. De acordo com Blevins (2017), 84-87% das palavras em inglês seguem padrões consistentes de grafia sonora.

 

E o cérebro humano adora padrões! 

 

É só pensar em você, você prefere aprender por algo que se repete ou copiando algo mecanicamente? 

 

Quando você tem que escrever uma palavra copiando 5 vezes para decorar não faz sentido pro seu cérebro, mas quando você precisa pensar, e classificar, e fazer uma atividade como sort, por exemplo, seu cérebro precisa raciocinar mais, aumentando a chance de o aprendizado ser mais efetivo. Assim, seu aluno irá prestar mais atenção.

 

Copiar palavras, não ensinam os padrões de spelling, e queremos que nossos alunos aprendam os padrões para aplicar em outros contextos, e cultivar a curiosidade sobre as palavras. Ao fazer o sort, o aluno precisa ter um conhecimento extra, as regras de spellling, e usar um julgamento e pensamento crítico, o que gera essa curiosidade.

 

Escrever palavras em ordem alfabética pode ajudar a aprender a ordem alfabética na alfabetização, mas não ensina sobre spelling patterns.

 

Também é mais eficaz se concentrar nos spelling patterns que os alunos podem usar para ler e soletrar muitas palavras diferentes, como exemplo, aprender o silent e e depois conseguir aplicar na leitura e escrita com sons longos.

 

Por isso é muito importante dar oportunidades para que seu aluno coloque em prática na leitura e escrita os padrões que eles aprenderam.

 

Os alunos podem fazer os sorts, lendo e classificando dentro do padrão aprendido, mas também devem ter a chance de encontrar palavras com esse padrão específico em textos reais e até mesmo em sua própria escrita.

 

As atividades de estudo de palavras devem ser concluídas com textos curtos que os alunos já consigam ler. Quando os alunos vão além dos sons das letras e estão trabalhando com palavras, eles devem praticar os spelling patterns, o Phonics, com palavras que eles já conseguem ler. Caso contrário, eles acabam não lendo na hora de praticar a leitura sozinhos.

 

Assim, os decodables são sempre bem-vindos, já que são textos controlados, que apresentam apenas palavras que as crianças já estudaram, e por isso são capazes de ler.  Precisa ter muita atenção na hora de selecionar textos para seus alunos praticarem. Escreva-os você mesma, pois você sabe quais palavras ou padrões eles já aprenderam ou busque algum decodable que siga o seu scope e sequence. 

 

Uma outra dica, especificamente para o kindergarten, ao ensinar as letras, é mais eficaz fazer bem rapidinho todas, e depois voltar para revisão do que ensinar uma por semana. Minha preferência é ensinar uma por aula. E seria melhor você também ter grupos pequenos para dar uma atenção melhor para cada grupo.

 

Assim, não existe uma maneira melhor de ensinar Phonics. Mas para que o ensino de Phonics seja duradouro e efetivo, ele deve ser sistemático e explícito.

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